Bateria
Muitas baterias de moto não são seladas e esporadicamente precisam ter o
nível de água completado. Na lateral da bateria você encontrará as marcas
“mínimo” e “máximo”. Desligue a bateria (solte primeiro o pólo
negativo), retire-a da moto, abra todas as tampinhas e complete o nível
com água destilada vendida em postos de combustíveis e farmácias – água
comum oxida as placas metálicas existentes dentro da bateria. Não use
água mineral ou da torneira. No verão, em regiões quentes ou em motos
que passam o dia estacionadas sob o sol, essa verificação tem de ser
mais frequente. Quando montar a bateria de volta, aproveite para limpar
os pólos e ligue primeiro o positivo.
Cabos
Os cabos de freio, acelerador e embreagem também devem ser conferidos
periodicamente. A quebra pode deixar você a pé ou comprometer a
segurança. É fácil verificar: no caso do freio dianteiro a tambor e da
embreagem, afaste o guarda-pó de borracha dos manetes e espie o estado
dos cabos de aço. Troque se estiverem desfiados. A verificação do cabo
do acelerador e sua troca devem ser feitas em uma concessionária.
Corrente
A corrente perde a lubrificação mais rápido em períodos de chuva e
quando se trafega em regiões com muita terra, pó ou areia. Se andar de
moto sob chuva intensa, lubrifique a corrente com óleo SAE 80-90 antes
da próxima saída
(aplique sobre toda a extensão da corrente com um pincel ou escova de
dentes). A lubrificação reduz o atrito com a coroa e o pinhão e faz com
que os três componentes durem mais. Em condições normais de uso, no
asfalto, lubrifique a cada 500 km rodados.
Conforme a moto ganha quilometragem, lentamente a corrente ganha folga.
Com o tempo você notará que ela ficará abaulada para baixo. Quando essa
folga for superior ao indicado no manual do proprietário (pode ser de
1,5 cm ou 2 cm, por exemplo), é preciso ajustá-la para não correr o
risco de que se solte da coroa com a moto em movimento. Use um dedo ou
chave de fenda para empurrar a corrente para baixo e ver quanto cede. O
jogo de ferramentas original é suficiente para esticar a corrente e o
procedimento está também no manual do proprietário. Basicamente, é feito
soltando o eixo traseiro e o afastando para trás no braço oscilante da
suspensão, junto com a roda. O aperto em excesso pode causar o
rompimento. Cheque a folga a cada 1.000 km.
Filtro de ar
Algumas motos empregam filtros de ar descartáveis pela facilidade de
manutenção, mas a maioria dos modelos de baixa cilindrada traz elementos
de espuma. Estes devem ser lavados com detergente neutro a cada 1.000
km, e menos que isso se a moto circular em locais com muita poeira ou
areia. Depois dessa limpeza, algumas fabricantes recomendam aplicar óleo
SAE 80-90 na espuma.
Freio
No caso do sistema a disco, é possível ver se as pastilhas estão
próximas ao limite ficando de frente para a roda. As pastilhas são
formadas por uma base metálica (por onde ficam presas à pinça de freio) e
pelo material de atrito, que visualmente é um “degrau” que fica em
contato com o disco. Ele não pode estar com menos de 1 milímetro de
espessura, e é ideal verificar até cada 1.000 km. Não deixe a pastilha
acabar, porque essa economia
sai caro: se a base metálica entrar em contato com o disco, vai
danificá-lo e você precisará comprar um novo. Já nos modelos a tambor há
indicadores do limite de ajuste das sapatas. O ajuste do freio a tambor
é necessário conforme as sapatas se desgastam e a folga se torna
superior a 3 cm até que o freio seja acionado quando pisamos no pedal.
Óleo do motor
Óleo lubrificante de boa qualidade é vital para a durabilidade do motor. Além de reduzir
o desgaste entre peças como cilindro e anéis, o lubrificante ajuda a
resfriar o motor e diminui o atrito no câmbio. Trocar o lubrificante
seguindo os prazos corretos e especificações indicadas no manual do
proprietário é uma das formas mais baratas de conservar seu motor.
Escolha a fabricante de sua preferência, mas sempre siga a recomendação
de viscosidade para qual seu motor foi projetado (por exemplo, 20W50).
Cheque se o nível do óleo lubrificante não está abaixo do mínimo
recomendável a cada 1.000 km, pelo menos. Para isso, espere de 1 a 5
minutos após o uso e coloque a moto em piso plano. A maioria dos modelos
precisa estar na vertical e não inclinada sobre o descanso lateral, o
que resulta em diferença na leitura (consulte o manual da sua moto).
Retire a tampa de abastecimento, limpe a vareta e insira novamente sem
rosquear para verificar o nível do óleo, que deve estar entre as marcas “mínimo” e “máximo”. Se estiver abaixo do nível mínimo, complete com o mesmo lubrificante até atingir o nível correto.
No frasco de óleo você também encontra as classificações API de
performance do óleo, por letras como SJ, SL e SM. Sendo de uma mesma
viscosidade, um óleo API SL atende à uma classificação mais exigente que
um API SJ, por exemplo (e assim por diante, em ordem alfabética). Você
pode optar por um óleo de classificação API superior sempre que desejar,
desde que respeite a indicação de viscosidade determinada pela
fabricante da moto.
Pneu
A parada no posto é uma boa oportunidade para checar a calibragem dos
pneus. O procedimento correto é feito com os pneus frios, por isso
prefira parar no posto mais próximo – quando o pneu se aquece em contato
com o piso, a pressão do ar interno aumenta e a bomba identifica uma
pressão maior. Use a pressão indicada pela fabricante da moto no manual
do proprietário ou adesivo que costuma ser fixado no braço oscilante da
suspensão traseira.
Mesmo que os pneus ainda não estejam gastos, precisam ser trocados se
completarem cinco anos. O problema é que a borracha enrijece e resseca
com o passar dos anos, e isso diminui a capacidade de aderir ao asfalto,
o que pode causar derrapagens. A data de fabricação fica estampada na
lateral do pneu, perto da inscrição “DOT” (de Department of
Transportation). É uma sequência de quatro números, na qual os dois
primeiros revelam a semana em que foi produzido e os dois últimos, o ano
de fabricação. Por exemplo: “0313” significa que foi produzido na
terceira semana de 2013.
Quando os sulcos do pneu atingem a profundidade mínima, é hora de
trocá-lo. Os sulcos servem para escoar a água em piso molhado e evitar a
perda de aderência. Para evitar que o pneu se torne inseguro, ou que os
sulcos desapareçam para que depois você perceba que já deveria tê-lo
trocado, todo pneu traz na lateral inscrição TWI (do inglês Tread Wear
Indicator, ou indicador de desgaste da banda de rodagem). Olhando o
sulco próximo das letras TWI você encontrará pequenos ressaltos. Basta
trocar o pneu quando a altura da banda de rodagem se igualar a esses
ressaltos.
Vela de ignição
A vela de ignição é importante porque produz a faísca na mistura
ar-combustível dentro do motor, o que faz sua moto andar. Quando gasta,
faz o consumo de combustível subir, assim como a emissão de poluentes.
Troque-as de acordo com a indicação do manual e verifique seu estado a
cada 3.000 km. A folga entre os eletrodos deve ter em média 0,8
milímetro e precisa ser ajustada quando se compra uma vela nova.
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