Vistoria caseira pode aumentar a segurança do piloto no trânsito.
Confira as dicas sobre motor, corrente, parte elétrica, entre outros.
Confira as dicas sobre motor, corrente, parte elétrica, entre outros.
Manutenção da moto garante segurança do piloto e do passageiro (Foto: Aluizio Freire/G1)
Dentre os milhares de cidadãos que todos os dias se deslocam
motorizados pelo Brasil afora, tanto os motoristas de automóveis
quanto os motociclistas, uma parcela significativa pouco se
preocupa com a manutenção do equipamento. Em certos casos, os
custos elevados colaboram para aumentar esse número. Porém, não
se pode esquecer que além da segurança, a manutenção também mexe
com o bolso, mas diferentemente da forma como muitos pensam.
Pois é, manutenção pode ser vista como uma economia. Seja um
carro ou uma moto, quando bem cuidado vai economizar mais.
O que os motociclistas muitas vezes não sabem é que alguns itens
podem e devem ser inspecionados em casa mesmo e essa manutenção
caseira pode aumentar a segurança do piloto e contribuir para um
trânsito melhor. É um procedimento simples e rápido, então,
fique atento:
Parte elétrica
Uma dica para saber se está tudo em ordem com a parte elétrica é,
antes de utilizar a motocicleta, verificar se todas as luzes,
setas e buzina estão funcionando adequadamente. Veja também o
estado geral dos cabos de vela e o cachimbo, peça ligada à vela
de ignição. Um determinado modelo pode ter um sistema mais
complexo, dotado de diversos recursos, mas independente disso, o
que o condutor nunca deve deixar de examinar é a bateria. Ao
menos uma vez a cada seis meses o nível da água da bateria deve
ser verificado.
Alguns indícios podem denunciar a falta de solução na bateria
como, por exemplo, quando o farol enfraquece em marcha lenta e
fica forte ao acelerar ou quando o pisca é acionado e a luz em
geral pisca junto. Se isso ocorrer, é sinal de que a bateria
está enfraquecendo e precisa urgentemente completar o nível da
solução. Ao deixar a bateria sem água por muito tempo, de uma
hora para outra o condutor pode ficar na mão. Como algumas motos
não contam com o pedal de partida, o motociclista poderá ficar a pé.
Foto: Daigo Oliva/G1
O ideal é trocar o óleo do motor da motocicleta conforme a recomendação do fabricante (Foto: Daigo Oliva/G1)
Motor
Verifique se há vazamentos e confira o nível do óleo. Se
necessário complete. Dizer para seguir a recomendação do
fabricante não é nada mais do que o correto, mas é também o que
ninguém presta atenção. O ideal é trocar o óleo do motor da
motocicleta conforme a recomendação, que pode ser a cada 1.000,
3.000 ou 5.000 km, sempre em conjunto com o respectivo filtro.
Lembre-se que uma vez que o óleo esteja no motor, independente
da quilometragem, ele deverá ser substituído em no máximo seis
meses. Acione o motor e observe se não há ruídos estranhos.
É importante conferir também o filtro de ar. Veja no manual o
período indicado para troca, mas se for o caso de trafegar por
estradas de terra, por exemplo, o intervalo deverá ser reduzido.
Se a motocicleta for equipada com o filtro de ar do tipo
viscoso, nunca tente limpá-lo, pois isso irá danificá-lo.
Pneus
O segredo é manter a calibragem bem ajustada, pois o pneu precisa estar aderente ao solo para que o condutor tenha toda segurança durante a pilotagem. Não esqueça que ao carregar alguém na garupa é preciso aumentar a pressão do pneu traseiro. A calibragem varia de acordo com as medidas do pneu, porém sempre são divulgadas tanto pelo fabricante da moto quanto pelo fornecedor do pneu.
É importante ficar atento aos detalhes, pois o pneu esquenta com
a rodagem e isso provoca uma dilatação do ar, o que pode
aumentar a calibragem em até 6 libras. Assim sendo, tenha em
mente que ao calibrar o pneu, a pressão vai aumentar. Em uma
viagem, por exemplo, o pneu pode ficar muito duro. Uma dica
legal é calibrar com nitrogênio, pois o ponto de dilatação é
mais elevado , o que mantém a calibragem mais estável e por mais tempo.
Outra preocupação com os pneus está no momento de fazer a troca.
Ao escolher um local para esse serviço, confira se a máquina de
montagem é mesmo para motos. Esse cuidado é essencial,
principalmente para as rodas raiadas. Geralmente os pneus
originais aguentam em torno de 10 mil a 12 mil quilômetros, mas
independente da quilometragem é importante ficar atento ao friso
na faixa central. Quando perceber que tem falhas, ou seja, está
gasto, não bobeie e procure fazer a substituição o quanto antes.
Certa instabilidade também pode denunciar o momento da troca,
assim, o fundamental mesmo é não estender a substituição. Para
escolher o pneu certo, o melhor é manter a versão original de
fábrica, mas como existem vários tipos de pneus, o condutor pode
optar por uma versão de composto mais duro, que vai durar mais,
porém menos eficaz para aqueles pilotos que pretendem andar mais
forte, utilizando toda a capacidade do pneu. O composto do tipo
mais macio por sua vez vai durar menos, entretanto conta com a
melhor aderência e isso se converte em segurança. Para todos os
fins, sempre é bom seguir a recomendação do fabricante da moto,
mesmo para fazer alterações.
Corrente deve ser checada após sair na chuva (Foto: Daigo Oliva/G1)
Corrente
A corrente é responsável por transmitir o torque, ou seja, a
força gerada pelo motor às rodas. O único cuidado a tomar com a
corrente é apenas a lubrificação, que deve ser feita a cada 500
km ou logo depois de trafegar em dias chuvosos ou sair da
lavagem. O lubrificante mais recomendado para fazer a
lubrificação é óleo do tipo SAE 80 ou 90, que é bem grosso.
Outra opção a ser empregada é a graxa náutica. Sua vantagem é
não sair com água.
Freios
Existem dois tipos de freio: o modelo a tambor e o a disco. No modelo a tambor a manutenção é mais simples e mais em conta, porém esse modelo não é tão eficaz quanto o freio a disco. O modelo a tambor sofre mais em condições adversas, como por exemplo, em dias de chuva. Entretanto, se bem regulados, funcionam adequadamente. Esse é o cuidado a se tomar. Como ele não se ajusta automaticamente é muito importante sempre manter ajustado a folga do cabo ou do varão de acionamento do freio.
No freio dianteiro é recomendável observar o estado do cabo de
acionamento, sempre mantendo a lubrificação. Caso entre água no
tambor, as lonas podem acumular sujeira e gerar ruídos durante a
frenagem. Isso não é um problema, mas exige atenção e com o
tempo a devida manutenção.
No modelo a disco, por ser hidráulico, ele se auto-ajusta, mas é
preciso conferir sempre o nível de fluido do reservatório,
geralmente no guidão. Muitas vezes, quando o nível baixar não
será indício de que o fluido vazou e sim que está na hora de
trocar as pastilhas.
Por ser um item primordial, as verificações devem ser feitas, no
máximo, a cada 15 dias.
Combustível
Usar combustível de boa qualidade é fundamental. Evite receitas
caseiras que misturam combustíveis diferentes. Utilize apenas o
combustível específico para sua moto. Uma dica é evitar
completar o tanque além da marca indicada.
Na lavagem, não utilize equipamentos de alta pressão (Foto: Divulgação)
Aparência
Diferentemente dos automóveis, a motocicleta expõe muito mais o
seu chassi e certas peças metálicas, o que pode facilitar o
surgimento de pontos de ferrugem. Para evitar que isso ocorra,
lave a moto periodicamente. Não remova a poeira com um pano
seco, pois a pintura poderá ficar riscada.
Na lavagem não utilize equipamentos de alta pressão, pois o jato
forte e direto pode danificar partes, retirar lubrificantes ou
estragar a pintura. Lembre-se da não utilizar produtos abrasivos
e solventes, pois danificam as peças plásticas, de borracha e,
até mesmo, as metálicas.
Em regiões litorâneas, o contato com a maresia e umidade é mais
intenso, portanto, se utilizar a motocicleta com certa
freqüência nessas regiões, as lavagens devem ser mais
constantes. O ideal seria uma vez por semana, para remover os
elementos agressivos e evitar oxidação. Logo em seguida, não
esqueça as lubrificações, fundamentais para evitar o acúmulo de sal.
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